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sexta-feira, 11 de junho de 2010

O negro na TV

Sabemos que a mídia exerce na pós-modernidade um papel fundamental na circulação de sentidos, cujos valores simbólicos influenciam culturalmente e socialmente na constituição dos indivíduos. Nesta perspectiva, a televisão, considerada um meio de comunicação de massa, utiliza diversos mecanismos e estratégias envolvendo aspectos visuais, sonoros e verbais. Esse “poder” sobre tais aspectos, gera diversas opiniões a seu respeito: Será que a televisão brasileira, do sec XXI, continua transmitindo discursos racistas?

Segundo a Presidente da Comissão de Promoção e Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Eunice Martins, um longo caminho aguarda os negros e afrodescendentes para que haja maior inclusão. Negros ainda ocupam papeis subalternos e discursos racistas são passados de forma subliminar.

“Os atores protagonistas representam padrões de beleza dos europeus, contribuindo de forma proposital à negativação da beleza brasileira dos negros”, ressalta. De acordo com a representante da OAB, é necessário sair do discurso e partir para prática para que haja a democracia racial efetiva. “Devemos denunciar o racismo ou qualquer forma de preconceito, exigindo das autoridades punições necessárias ao infrator e resgatando os conceitos e valores dos negros”, conclama.

Para o fundador do Núcleo Makota Valdina de Estudantes Negros e Negras da Universidade Católica de Salvador Roquildes Silveira, “um dos principais problemas é que não temos uma população negra consciente de que a televisão tem sido utilizada para nos negar”. O ex-militante do Coletivo de Estudantes Negros e Negras da Bahia, entidade que lutou ativamente para aprovação da cotas para negros na UFBA, afirma que a grande maioria negra vê televisão não para reconhecer ali o espelho de sua beleza física, mas, sobretudo, para se projetar na idealização da identidade branca.

Segundo ele, todavia, o Movimento Negro Unificado (MNU) tem realizado trabalho significativo trazendo este debate para alguns setores elitistas da nossa sociedade e ao mesmo tempo realizando nas comunidades um trabalho voltado para consciência racial.

No livro A negação do Brasil – O negro na telenovela brasileira, Joel Zito Araújo, diretor e roteirista de TV, analisou a história da telenovela, no período de 1963 a 1997, mostrando as consequências da representação dos negros nos processos de construção identitária no país. Segundo o autor, os negros fazem parte da teledramaturgia brasileira desde o início, porém sua imagem sempre foi estereotipada.

Atualmente, a professora de Jornalismo da Faculdade Social Bárbara Souza, defende a ideia de que a televisão, de uma maneira geral, tem aberto mais espaço para tratar a questão do racismo. “Hoje está melhor que a década de 80, o avanço na legislação ajudou muito na mudança. Os programas jornalísticos, por exemplo, se preocupam em fomentar esse discurso”, declara. A comunicóloga alerta que o grande problema dos cidadãos é achar que fazemos parte de uma grande democracia brasileira.

Conforme a Constituição Federal de 1988 qualquer indivíduo tem igualdade de direitos independente de cor, raça, crença ou classe social. “A prática do racismo constitui crime inanfiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.” (Constituição da República Federativa do Brasil. 2006, Cap I, Art 5º, Termo XLII.)

“Mas será que a Constituição vem realmente garantindo esses direitos?”, esse é o questionamento do estudante de Jornalismo Elton Ferreira. Segundo ele, discursos racistas estão presentes na própria televisão. “Podemos ver em novelas, discursos embutidos segregando a etnia de forma preconceituosa e racista”, relata.

Para o estudante, o primeiro passo é a mudança no ensino brasileiro. A educação da população irá gerar uma reflexão e transformar a própria população em agentes contra o preconceito. “As ONGs tem um trabalho ativo contra qualquer tipo de preconceito, porém falta apoio dos poderes públicos contra o racismo sofrido pelos negros”, acrescenta.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A tal da tv...

O vídeo abaixo nos mostra as contradições no papel que a Tv tem para com a sociedade:

Interesses: vale tudo pelo audiência?

Por Rafael Brito e Patrícia Príncipe

Pode-se dizer que as emissoras produzem programas com o intuito de conquistar três aspectos: o interesse público, o interesse do público e a mais importante, que decide se uma novela, ou jornal, ou programas de entretenimento, entre outros, permanecem no ar, a audiência. Mas muitas vezes a procura por uma audiência a qualquer preço, pelo furo jornalístico, faz com que os jornalistas acabem usando artifícios que quebram o direito a privacidade e a ética jornalística e social.


É preciso cautela e ponderação para que os jornalistas não confundam o que pode ser um furo de reportagem com invasão de privacidade. Segundo a advogada, Sabine Keteb, na Constituição Federal de 1988, são garantidos os direitos ao cidadão como dignidade, privacidade, entre outros.

Os programas sensacionalistas, que nascem precisamente no início da década de 1990, direcionados para um público de classe baixa, usam de artifícios e de imagens que provoquem sensações e que se aproximam de seu telespectador alvo.

Mas no afã de conquistar audiência, os programas sensacionalistas apressam-se em divulgar notícias sem ao menos checar a sua veracidade. Isto constitui outra faceta da violência cometida pelos meios de comunicação, a exposição e difamação das pessoas em nome do IBOPE.

Sabine Keteb declara que “a linha que separa a notícia que interessa daquela outra que diz respeito à esfera privada do indivíduo não pode ser jamais esquecida pelo jornalista, sob pena de desrespeito a pessoa humana”.

Nos programas populares, diariamente, vemos a participação do povo na hora das matérias de rua. “Aqui é o espaço do povo” ou "aqui o povo se reconhece e tem voz", dizem os apresentadores. Mas em alguns casos as pessoas abrem a guarda para aparecerem na mídia, são os chamados 15 minutos de fama, a vontade de torna-se celebridade, e quando querem voltar atrás muitos danos foram causados.

Sobre esta questão, a advogada afirmou que não se discute que uma pessoa pública abre mão, em parte, de sua intimidade, mas ainda assim há questões que merecem proteção, porque dizem respeito à vida íntima do cidadão.

Muito se discute sobre as imagens e a forma como a violência é retratada, de como o tema é tratado como estimulador, no lugar de ser apaziguador. Os jornais devem ter o intuito de fazer com que os cidadãos possam criar políticas públicas, mas nesses programas populares os temas são somente morte e sangue, como ficou conhecido o jornalismo marrom.

“A informação deve e precisa, ser veiculada para que toda a população tome conhecimento de determinados fatos, notícias e acontecimentos e possa opinar, buscar, ou se proteger, a depender do que se trate”, afirma Sabine.

Sabine finaliza e dá um conselho aos jornalistas e estudantes, que seria o de vencer a tentação de dar um furo de reportagem e verificar se tal noticia de fato interessa à coletividade ou se faz parte da esfera do individuo e carece, portanto, de proteção. Então caros universitários que estão prestes a entrar no mercado: cuidado com a trivialidade do interesse público, interesse do público e a audiência (da emissora e individual).

Ética no Jornalismo...

Este vídeo mostra a falta de Éica no Jornalismo, acompanhe e tire suas conclusões:

terça-feira, 8 de junho de 2010

À procura da ética

Por Rafael Brito

Baixaria, sangue, morte, imagens indevidas, artifícios que ferem os Direitos Humanos, não prevenção da imagem alheia, espetacularização, entre outras irregularidades que poderíamos destacar para os programas  populares que vão de encontro a ética jornalística. A falta de princípios éticos em jornais televisivos não chegou com o advento dos novos programas sensacionalistas, como Bocão, que passa na TV Itapoan, filial da Record, na Bahia e o Que Venha o Povo, jornal popular da Tv Aratu, filial do SBT, na Bahia. Mas foi com o surgimento dos programas televisivos populares formatados na década de 1990, como Brasil Urgente, entre outros, que começou a se questionar até onde a liberdade de imprensa e a notícia que é contra os Direitos Humanos e éticos devem ir.

Diferente de países como Estados Unidos da América, Alemanha, Inglaterra, França e outros, o Brasil não possui um órgão federal que regule a programação televisiva. Com isso, em 2002, nasci à campanha Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania, instrumento que promove o respeito aos princípios éticos e os Direitos Humanos na televisão brasileira. “Somos engajados na campanha para resgatar o significado contemporâneo da liberdade de expressão e de formação de uma opinião pública crítica baseada nos valores humanistas”, comentário retirado do próprio site Ética na Tv.

A campanha é uma iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em parceria com entidades da sociedade civil, destinada a promover o respeito aos direitos humanos e à dignidade do cidadão nos programas de televisão. Entre seus princípios está a não consideração legítima a divulgação de imagens que exponham pessoas ao ridículo ou que lhes ocasione algum tipo de constrangimento moral.

Outros princípios é que a programação televisiva não deve incitar ao ódio e firmando um compromisso com uma cultura de paz, não estimular o racismo e promovendo um acordo com uma cultura que respeite, preserve e valorize as diferenças étnicas. Um dos princípios de maior relevância é um ajuste que se contrapõe às práticas de violência e discriminação contra a mulher, sem que a programação televisiva não deve estimular à violência contra quem quer que seja

A campanha já conta com núcleos organizados em 17 unidades da federação, entre elas, na Bahia, com representante Edmundo Ribeiro Kroger. Para quem quiser conhecer mais sobre a campanha e ajudar na fiscalização dos programas televisivos o link é http://www.eticanatv.org.br/.

Quadro extraído do site Ética na Tv com os programas que já receberam denúncias

Bizarros e grotescos

Por Patrícia Príncipe

A TV, assim com qualquer outra empresa, sobrevive se der lucro aos empresários do setor. Esta lógica capitalista vai de encontro à principal função da mídia, expressar livremente o pensamento do povo e servir ao interesse público.

Neste conflito de interesses, vão surgindo no ar programas do mais baixo nível de apelação, do bizarro ao grotesco, exibindo imagens inimagináveis até em ficções de Hollywood. Não há respeito por nada nem pessoa alguma. "Aqui não é Tv da Xuxa, nem Disneylandia. O Sistema é bruto", frase dita pelo antigo apresentador do programa Na Mira, Uziel Bueno. Frase dita e repetida pelos apreciadores do gênero.

Milhares de jovens assistem diariamente cenas de crimes bárbaros, banalizados e exibidos à hora da refeição, assim como matérias que incentivam o uso de drogas, levadas ao ar através de animadas festas, embaladas pelas mais diversas substâncias alucinógenas e entorpecentes. Todas as matérias ancoradas por apresentadores carismáticos e competentes para auditórios caricatos.

“Os programas populares se sustentam por tratar de assuntos que se aproximam das classes mais pobres e baixas. É difícil não comentar que eles usam de artifícios e de uma interpretação sensacionalista para conquistar seu público”, comenta Bárbara Souza, professora de jornalismo da Faculdade Social, em Salvador.

Algumas perguntas são peculiares a esses ‘jornais’. Estes programas incitam os jovens às drogas e a violência? O que o Ministério Público acha desses programas? Quais são as leis que podem proteger nossos jovens dessa escola do crime? Entrevistando alguns telespectadores será que eles negam gostar do gênero popular? Quem vê então, ou quem vê e não conta? Até que ponto os pais são responsáveis por permitir que seus filhos assistam?

Convenhamos que no nosso contexto social, no qual a maioria dos pais passam o dia no trabalho, uma lei rigorosa iria suprir a ausência desta vigilância doméstica.

A administradora, Celina Barros, afirma que gosta de assistir séries, filmes, programas de música, jornais e novelas e não se sente atraída pelo gênero de programas apelativos. Incomoda-se com a falta de ética que vê praticada, principalmente se for criança ou idoso sendo expostos ao ridículo, e sente-se incomodada ao ver pessoas sendo humilhadas no vídeo e piadas de humor negro. “Acho que programas como Na Mira Bocão, são falsos jornais por que não nos trazem informações contextualizadas. Só expõem pessoas ao constrangimento”, comenta Celina.

O produtor do programa de entrevistas ‘Perfil e Opinião’ da TVE, Nonato Freire, atesta que as emissoras orientam para o cumprimento do código de ética e que o produtor verdadeiramente profissional está consciente de que ele existe e deve ser respeitado. Porém admite que o patrocinador banca e pode interferir, sim. “Quando é feito um piloto de programa para a aprovação do patrocinador, isso fica bastante claro”, enfatiza Nonato.

Quanto ao cuidado para não causar constrangimentos ao entrevistado, o produtor fala que nas entrevistas ao vivo é sempre mais complicado. “A vantagem do programa gravado é que se pode evitar qualquer tipo de constrangimento, por ambas as partes, ou seja, entrevistador ou entrevistado”, declara. Nonato Freire afirma que “diante da invasão da subcultura vigente no nosso país, onde o produto apresentado e consumido é de péssima qualidade, as Tvs públicas ou algumas pagas, ainda se preocupam com conteúdos culturais e éticos, para a população”.

É muito ampla e contraditória esta discussão sobre a extensão da responsabilidade que os meios de comunicação têm sobre os nossos jovens. Haveremos de encontrar meios que coíbam os excessos sem a necessidade de censura prévia? Enquanto os debates acontecem, uma geração de jovens se familiariza com a violência e recebe seus diplomas do crime, aprendendo nos programas populares que a sociedade é plenamente violenta.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

1º Encontro Municipal da Juventude CONEN

Nesta sexta-feira, dia 21, acontecerá o primeiro encontro da Juventude da Coordenação Nacional de Entidades Negras (JCONEN), envolvendo jovens até 29 anos, de Salvador e região metropolitana. O evento acontecerá às 18h, na sede do Sindicato dos Bancários, localizado na Av. Sete de Setembro, 1001, nas Mêrces.

Você não conhece a CONEN?

A Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) é uma instância de articulação nacional dos Fóruns CONENs Estaduais, que são espaços para elaboração coletiva de ações importantes para luta antirracista à partir da compreensão de cada Estado. É composta por entidades e grupos que tenham como objetivo específico o combate ao racismo ou que expressem valores culturais africanos e que não tenham vínculos com estruturas governamentais ou partidárias.

Fique ligado nas entidades baianas que fazem parte da CONEN:

Quilombo Niger Okan
União de Negros pela Igualdade (Unegro)
Coletivo Afro Brasileiro ALEMASA
Coordenação Estadual
Grupo de União e Consciência Negra (GRUCON)
Centro de Educação e Cultura Popular (CECUP)
Escola Comunitária Luiza Mahin
PENACEN
Só Arte
Sociedade São Salvador